Publicado em 24 mar 2025 • por Paula Maciulevicius de Oliveira Brasil •
Com o objetivo de promover a inclusão digital e a capacitação profissionalizante itinerante da juventude em situação de vulnerabilidade social, a Carreta Digital formou 20 adolescentes e jovens indígenas e assistidos por projetos sociais no curso de manutenção de celulares, realizado no mês de fevereiro, no Instituto Mirim, em Campo Grande.
A iniciativa da RCIP (Rede Brasileira de Certificação Pesquisa e Inovação), em parceria com o Ministério das Comunicações e a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), teve o apoio da SEC (Secretaria de Estado da Cidadania), por meio das Subsecretarias de Políticas Públicas para Juventude e Povos Originários.

Na carreta, os alunos aprenderam desde especificações gerais e ferramentas até configuração e formatação de aparelhos, troca de peças e manutenção preventiva. A certificação foi entregue nesta segunda-feira (24), no auditório da SEC.
Secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza deu as boas-vindas e parabenizou os alunos pela dedicação ao curso. “Não é fácil a gente sair da nossa zona de conforto, e vocês saíram para realizar este curso. Gostaria de parabenizá-los e agradecer a parceria de sempre da UFMS, só é possível fazer ações como estas quando nos unimos para impactar vidas”, ressalta.

Para o subsecretário de Políticas Públicas para Juventude – pasta ligada à SEC – Jessé Cruz, a entrega dos certificados é gratificante e mostra que o trabalho está só começando. “Quando vejo jovens cada dia mais dentro deste movimento de capacitação e qualificação profissional, fico muito feliz, porque este é um dos objetivos da Subsecretaria da Juventude. Obrigada por vocês terem participado e estarem aqui hoje, na casa da Cidadania, conhecendo um pouquinho mais das pessoas responsáveis por fazer este curso chegar até a juventude”, descreve Jessé.

O caçulinha da turma, Miguel Camargo dos Santos, de 13 anos, o curso abriu novos horizontes. “É uma oportunidade para todo mundo de ter um certificado e seguir nesta profissão. Eu já posso ver um celular e falar o que aconteceu, o defeito, o que precisa ser feito”, comemora.

De cocar, Milka Malheiro, de 14 anos, é indígena terena e moradora da aldeia urbana Marçal de Souza, que não vê a hora de seguir na continuação do curso. “Foi muito bom, aprendemos o básico, e acredito que precisa ser uma segunda edição, uma formação mais prolongada”, pede.
Coordenador regional da Carreta Digital, o professor da Faculdade de Computação da UFMS, Marcelo Turine explicou que este foi um dos cursos ofertados pelo programa.
“A Carreta Digital é uma sala de aula, como vocês viram, e o nosso objetivo é trabalhar a inclusão digital. A tecnologia está aí para podermos aprender, e a gente não pode se assustar. A ideia dos cursos é aproximá-los das tecnologias, porque onde vocês forem trabalhar, vão precisar ter um conhecimento”, enfatiza Turine.
Reitora da UFMS, Camila Celeste Ítavo, ressalta que a entrega dos certificados é resultado de mais um trabalho da Universidade em parceria com o Governo do Estado. “Estamos levando conhecimento, e o conhecimento é libertador, além de promover cidadania. Vejo várias meninas alunas que fizeram este curso, e muitas vezes não temos tantas mulheres na tecnologia. Quero dizer que este é só o começo, vocês comemoram o fim de um ciclo se tornando exemplo para tantos outros jovens”, pontua.
Para se inscrever nos cursos da Carreta Digital, os interessados devem entrar no site da Carreta Digital . Além do curso de manutenção de celular, a Carreta Digital também oferece montagem e configuração de computadores de alto desempenho – PC gamer; robótica e montagem e configuração de computadores.
Paula Maciulevicius, da Comunicação da Cidadania
Fotos: Matheus Carvalho/SEC