Os 30 dias do mês de Junho foram de intensa programação por todo o Estado de Mato Grosso do Sul. A Subsecretaria de Políticas Públicas para Pessoa Idosa, pasta ligada à Secretaria de Estado da Cidadania, levou a mensagem do Junho Prata para comunidades indígenas, associações de bairro, rede de atendimento, presídios, cinema e, principalmente, para os protagonistas do mês: as pessoas idosas.
Instituído pela Lei Estadual 5.215/2018, Junho Prata é o mês escolhido para reflexão sobre os cuidados e o acolhimento que a sociedade deve ter com a pessoa idosa.
Desde 2018, o sexto mês do ano reúne Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Cidadania; Assembleia Legislativa, pela Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa; UFMS, e demais parceiros na construção das políticas públicas de prevenção e enfrentamento às violências.
Para a subsecretária Zirleide Barbosa, a campanha foi um grande acontecimento. “A soma do trabalho de muitas pessoas fez com que o Junho Prata de 2024 cumprisse o seu papel, de discutir o enfrentamento à violência contra as pessoas idosas, ao mesmo tempo em que foi emocionante e revigorante”, ressalta.
Uma das propostas do Junho Prata foi de levar o debate para todos os territórios, ao lado de parceiros que juntos construíram um calendário recheado de ações em todos os municípios.
O Junho Prata nas aldeias pautou a premissa do Governo do Estado, de fazer a transversalidade, ouvindo as demandas e levando as ações da Cidadania para os povos originários.
Foram dois proveitosos momentos, nos dias 10 de junho, na aldeia Ipegue, em Aquidauana, e posteriormente, na aldeia Taboquinha, em Nioaque.
Junto da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e da Agepen, a Cidadania também esteve no Instituto Penal, onde fez uma roda de conversa com pouco mais de 20 homens idosos em privação de liberdade.
Aos 64 anos, um dos detentos contou que está preso pela primeira vez há quatro meses. “Mudou tudo, mas fiz amigos, e essas reuniões são muito boas. As pessoas de mais idade precisam de cuidados, e nós estamos aqui para aprender”, diz.
Também dentro do cronograma do Junho Prata, a população pode debater sobre solidão a partir do filme “A Intrometida”, durante o Cine Maturidade, além de uma roda de conversa com pessoas idosas que têm deficiência.
Coordenadora do Núcleo Institucional de Cidadania da Polícia Civil, a delegada Maíra Pacheco explica que a conversa com idosos que têm algum tipo de deficiência é para conscientizar sobre as violências, e principalmente onde denunciar.
“Tanto a pessoa idosa quanto a pessoa com deficiência, e gente acabar unindo os dois, é um grupo vulnerabilizado e também invisibilizado. E que muitas vezes é difícil fazer uma denúncia, porque ela vai denunciar aquele que ela ama ou que cuida dela. Então, precisamos chamar a atenção para que ela possa ultrapassar essa questão sentimental”, resume.
Paula Maciulevicius, da Comunicação da Cidadania