Secretaria da Cidadania reativa Parlamento Feminino da Fronteira 

  • Publicado em 07 abr 2025 • por Paula Maciulevicius de Oliveira Brasil •

  • Com a união de gestoras, parlamentares, prefeitas e vice-prefeitas, a Secretaria de Estado da Cidadania reativou o “MS Fronteiras – Parlamento Feminino da Fronteira”. A retomada do projeto ocorreu no fim de março, mês dedicado ao fortalecimento das políticas públicas para as mulheres. Na ocasião, também foi assinado a carta de intenção para a cooperação binacional no enfrentamento da violência contra a mulher.

    A cerimônia realizada na cidade de Ponta Porã, no último dia 29 de março, foi coordenada pela Secretaria da Cidadania, por meio da Subsecretaria de Estado de Políticas Públicas para Mulheres, e teve a parceria da Prefeitura Municipal de Ponta Porã, através da Secretaria Municipal de Cidadania e Inclusão Social.

    Instituído pela Resolução Codesul nº 1.251, em 2017, o Parlamento Feminino da Fronteira é um espaço de debate e proposição de políticas públicas voltadas às mulheres das áreas fronteiriças, formado por vereadoras eleitas nas regiões fronteiriças. 

    Secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza, na assinatura da carta de intenção.

    Secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza explica que o fortalecimento das articulações entre governo e municípios garantem políticas públicas concretas à população. 

    “O MS Fronteiras – Parlamento Feminino na Fronteira volta à ativa para fortalecer a participação das mulheres na política, além de atuar na criação de políticas públicas voltadas ao enfrentamento da violência de gênero, e à equidade e à garantia da cidadania e autonomia das mulheres que vivem na fronteira”, ressalta.

    Dentre a faixa de 50 quilômetros de fronteira, o projeto abrange 18 municípios: Corumbá, Ladário, Porto Murtinho, Caracol, Bela Vista, Antônio João, Ponta Porã, Aral Moreira, Laguna Carapã, Amambai, Coronel Sapucaia, Paranhos, Sete Quedas, Tacuru, Japorã, Eldorado, Iguatemi e Mundo Novo. 

    Para a subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Manuela Nicodemos Bailosa, a reativação do projeto tem grande contribuição para as mulheres sul-mato-grossenses.

    “O Parlamento Feminino da Fronteira representa uma grande oportunidade de potencializar políticas públicas direcionadas à superação das desigualdades sociais, étnicas e raciais, de gênero e econômicas, que atravessam a vida das mulheres nas fronteiras de diferentes formas. A exemplo do enfrentamento à violência contra as mulheres, uma vez que em muitos casos há uma dificuldade em se cumprir a lei quando os agressores se deslocam de um país para o outro de forma clandestina”, exemplifica.

    Evento reuniu representantes de Ponta Porã e também dos demais municípios da fronteira.

    A subsecretária ainda diz que o Parlamento traz a possibilidade da união das gestoras municipais de políticas públicas para as mulheres com as vereadoras, prefeitas e vice-prefeitas dos municípios fronteiriços para uma agenda institucional programática, com o intuito de promover o empoderamento e a emancipação das mulheres. 

    “Através de uma agenda internacional, será viável a criação de fluxos e protocolos específicos para as mulheres na fronteira, considerando suas próprias especificidades, bem como possibilitará a formação de Conselhos Municipais dos Direitos das Mulheres e da Procuradoria das Mulheres nas Câmaras Municipais em todos os municípios envolvidos. Acredito que atuar em bloco na fronteira, fortalecerá todos os entes envolvidos e que através da ação internacional coordenada pelo Estado do Mato Grosso do Sul, em parceria com os municípios fronteiriços e os países vizinhos no âmbito do Codesul, fomentará o acesso à direitos e a garantia da cidadania de todas as mulheres que vivem nas fronteiras”, explica Manuela. 

    Programa

    O “Parlamento Feminino da Fronteira” é um órgão autônomo, formado por vereadoras eleitas dos 18 municípios selecionados para participar do projeto “MS Fronteiras”, com objetivo de promover e participar de audiências públicas, reuniões, debates, seminários e eventos que tenham relação com os temas discutidos no projeto “MS Fronteiras”, visando elaborar e executar programas de enfrentamento à violência contra mulheres, de empoderamento e empreendedorismo feminino. 

    O programa tem como diretrizes a articulação para fortalecimento das OPMs, políticas públicas de enfrentamento à violência contra mulheres e meninas, qualificação dos agentes públicos, autonomia econômica e social das mulheres.

    No palco, ao lado do prefeito de Ponta Porã, Eduardo Campos, a secretária de Governo e Comunicação, Paula Consalter Campos, ressaltou o acordo assinado como um avanço para a região de fronteira.

    Anfitriã do evento que reativou o Parlamento, a secretária municipal de Governo e Comunicação de Ponta Porã, Paula Consalter Campos, classifica o retorno do programa como um passo firme ao respeito e à dignidade das mulheres.

    “Na fronteira onde as culturas se encontram, as mulheres se levantam. Com diálogo, ação e representatividade, seguimos construindo um futuro mais justo. O trabalho em prol da equidade de gênero continua ao longo de todos os dias, todos os meses, todos os anos, porque a gente ainda tem muito para avançar, muito para trabalhar, e a gente ergue a nossa voz, a voz feminina, para que irmos cada vez mais longe”, encerra Paula.

    Grupo Binacional

    O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cidadania, junto ao Governo do Paraguai e representantes do município de Ponta Porã, assinaram a carta de intenção, documento no qual reconhecem a urgência de fortalecer a cooperação binacional para
    o enfrentamento da violência contra a mulher na faixa de fronteira.

    A cooperação, denominada Grupo Binacional de Proteção e Enfrentamento à Violência contra Mulheres na Fronteira Brasil, tem o objetivo de articular políticas públicas binacionais que contemplem a prevenção, o acolhimento e a proteção das mulheres vítimas de violência, visando fortalecer a cooperação institucional de maneira transnacional, além de aperfeiçoar os fluxos de atendimento e garantir a proteção integral às vítimas.

    Paula Maciulevicius, da Comunicação da Cidadania
    Fotos: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Ponta Porã

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    Cidadania, Mulheres

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