Cidadania fala sobre racismo, preconceito e combate à violência de gênero no ambiente de trabalho

  • Publicado em 14 maio 2024 • por Paula Maciulevicius de Oliveira Brasil •

  • À convite da RMC (Rede Mato-grossense de Comunicação), a Cidadania esteve participando da programação da Sipat (Semana Interna de Prevenção a Acidentes de Trabalho), realizada na última sexta-feira (10), na TV Morena, em Campo Grande.

    Foram pouco mais de 60 funcionários presentes no auditório, além dos que estavam assistindo a transmissão on-line para todas as praças de Mato Grosso do Sul. 

    Presidente da Cipa (Comissão Interna de Prevenção a Acidente de Trabalho), Graciele Paes, explica que vários palestrantes passaram pela programação com assuntos desde saúde mental e educação financeira. 

    Funcionários das áreas de conteúdo, marketing, comercial e engenharia assistiram às palestras. (Foto: Paula Maciulevicius/Cidadania)

    “E vocês vieram com temas atuais, e que a gente precisa debater sempre”, comenta. Participaram da Sipat funcionários da TV Morena, Primeira Página, g1MS e Morena FM, das mais variadas áreas, de conteúdo, marketing, engenharia, tecnologia e comercial.

    O primeiro a falar foi o subsecretário de Políticas Públicas para População LGBTQIA+, Vagner Campos, que explicou o papel da Secretaria de Estado da Cidadania, criada em dezembro de 2023, e quais são as oito subsecretarias que compõem a instituição.

    “Nosso papel, como gestores públicos, é de estabelecer políticas públicas que atendam à nossa população. Estamos inseridos nesta secretaria com oito pastas que abraçam todas as especificidades, desde racial, mulheres, juventude, povos originários, PCD, LGBTQIA+, assuntos comunitários e pessoas idosas”, explicou Vagner.

    Subsecretário de Políticas Públicas para População LGBTQIA+, Vagner Campos, apresentou a Secretaria da Cidadania e todas as oito pastas. (Foto: Paula Maciulevicius/Cidadania)

    O subsecretário ainda explicou que as políticas públicas têm sido feitas nos municípios, em construção conjunta, e que em todos os locais, públicos ou privados, o desafio é incluir a população LGBT+ no mercado, principalmente trans e travestis.

    Para além da função da Cidadania, Vagner Campos também pontuou o significado de cada uma das letrinhas do LGBTQIA+. “E quanto ao tratamento, quando chega uma pessoa, você pode perguntar como ela quer ser tratada, e respeitá-la”, completou. 

    Na sequência, foi a vez do tema de enfrentamento ao racismo e discriminação racial, com a subsecretária de Políticas Públicas para Promoção da Igualdade Racial, Vânia Lúcia Baptista Duarte.

    Aproveitando o mês de maio, Vânia falou da festa de São Benedito, devoto da Tia Eva, uma das 22 comunidades quilombolas presentes em Mato Grosso do Sul. 

    “Este espaço é muito importante para nós, estarmos aqui com vocês, apresentando e conversando, porque precisamos estar em todos os locais. Essa é uma temática que não é só de preto, precisa ser de toda a sociedade, todos devem vir para essa luta antirracista”, colocou Vânia.

    A subsecretária exemplificou expressões muitas vezes usadas no dia a dia e que têm um cunho racista, e quais são os caminhos para enfrentamento ao racismo. “Letramento racial, darmos voz à história e à legitimidade dos espaços para as letras e pessoas pretas”. 

    Para Vânia Baptista Duarte, letramento racial é um dos caminhos para enfrentamento ao racismo. (Foto: Paula Maciulevicius/Cidadania)

    Vânia também ressaltou que apesar de se falar “minorias” ao se referir à população negra, a mesma é maioria no Brasil. “Somos cerca de 55% no País, e 49,3% da população em MS. E onde estão essas pessoas?”, questiona. 

    A última parte ficou a cargo da subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Manuela Nicodemos Bailosa. Comunicadora de formação e socióloga, Manuela reforçou que os temas tratados por cada representante da Cidadania é uma tarefa de todos, não apenas restrita às mulheres, ou a população negra, LGBT.

    “Dar visibilidade para essas pautas é cidadania”, enfatizou.

    Manuela Nicodemos ressaltou que oferecer canais de denúncia em casos de violência contra a mulher são essenciais para incentivá-las a denunciar. (Foto: Paula Maciulevicius/Cidadania)

    Manuela propôs uma maior conscientização ao noticiar crimes de violência contra a mulher, como por exemplo ressaltar, sempre, os canais de denúncia da rede de atendimento, bem como os dados já consolidados que indiquem a justiça sendo feita. “No sentido de estimular as mulheres a denunciar e confiar na rede. As matérias também podem falar sobre as raízes destes crimes, que são o machismo, o patriarcado, que teimam em tentar controlar a vida das mulheres determina quem vive e quem morre”. 

    Paula Maciulevicius, da Comunicação da Cidadania

    Categorias :

    Cidadania, LGBTQIA+, Mulheres, Racial

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