À convite da RMC (Rede Mato-grossense de Comunicação), a Cidadania esteve participando da programação da Sipat (Semana Interna de Prevenção a Acidentes de Trabalho), realizada na última sexta-feira (10), na TV Morena, em Campo Grande.
Foram pouco mais de 60 funcionários presentes no auditório, além dos que estavam assistindo a transmissão on-line para todas as praças de Mato Grosso do Sul.
Presidente da Cipa (Comissão Interna de Prevenção a Acidente de Trabalho), Graciele Paes, explica que vários palestrantes passaram pela programação com assuntos desde saúde mental e educação financeira.
“E vocês vieram com temas atuais, e que a gente precisa debater sempre”, comenta. Participaram da Sipat funcionários da TV Morena, Primeira Página, g1MS e Morena FM, das mais variadas áreas, de conteúdo, marketing, engenharia, tecnologia e comercial.
O primeiro a falar foi o subsecretário de Políticas Públicas para População LGBTQIA+, Vagner Campos, que explicou o papel da Secretaria de Estado da Cidadania, criada em dezembro de 2023, e quais são as oito subsecretarias que compõem a instituição.
“Nosso papel, como gestores públicos, é de estabelecer políticas públicas que atendam à nossa população. Estamos inseridos nesta secretaria com oito pastas que abraçam todas as especificidades, desde racial, mulheres, juventude, povos originários, PCD, LGBTQIA+, assuntos comunitários e pessoas idosas”, explicou Vagner.
O subsecretário ainda explicou que as políticas públicas têm sido feitas nos municípios, em construção conjunta, e que em todos os locais, públicos ou privados, o desafio é incluir a população LGBT+ no mercado, principalmente trans e travestis.
Para além da função da Cidadania, Vagner Campos também pontuou o significado de cada uma das letrinhas do LGBTQIA+. “E quanto ao tratamento, quando chega uma pessoa, você pode perguntar como ela quer ser tratada, e respeitá-la”, completou.
Na sequência, foi a vez do tema de enfrentamento ao racismo e discriminação racial, com a subsecretária de Políticas Públicas para Promoção da Igualdade Racial, Vânia Lúcia Baptista Duarte.
Aproveitando o mês de maio, Vânia falou da festa de São Benedito, devoto da Tia Eva, uma das 22 comunidades quilombolas presentes em Mato Grosso do Sul.
“Este espaço é muito importante para nós, estarmos aqui com vocês, apresentando e conversando, porque precisamos estar em todos os locais. Essa é uma temática que não é só de preto, precisa ser de toda a sociedade, todos devem vir para essa luta antirracista”, colocou Vânia.
A subsecretária exemplificou expressões muitas vezes usadas no dia a dia e que têm um cunho racista, e quais são os caminhos para enfrentamento ao racismo. “Letramento racial, darmos voz à história e à legitimidade dos espaços para as letras e pessoas pretas”.
Vânia também ressaltou que apesar de se falar “minorias” ao se referir à população negra, a mesma é maioria no Brasil. “Somos cerca de 55% no País, e 49,3% da população em MS. E onde estão essas pessoas?”, questiona.
A última parte ficou a cargo da subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Manuela Nicodemos Bailosa. Comunicadora de formação e socióloga, Manuela reforçou que os temas tratados por cada representante da Cidadania é uma tarefa de todos, não apenas restrita às mulheres, ou a população negra, LGBT.
“Dar visibilidade para essas pautas é cidadania”, enfatizou.
Manuela propôs uma maior conscientização ao noticiar crimes de violência contra a mulher, como por exemplo ressaltar, sempre, os canais de denúncia da rede de atendimento, bem como os dados já consolidados que indiquem a justiça sendo feita. “No sentido de estimular as mulheres a denunciar e confiar na rede. As matérias também podem falar sobre as raízes destes crimes, que são o machismo, o patriarcado, que teimam em tentar controlar a vida das mulheres determina quem vive e quem morre”.
Paula Maciulevicius, da Comunicação da Cidadania