Publicado em 03 abr 2025 • por Paula Maciulevicius de Oliveira Brasil •
Com o lema “Todas diferentes, todas importantes”, a Secretaria de Estado da Cidadania, por meio da Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres, encerrou o mês de março com palestras e formação da rede de atendimento na cidade de Cassilândia.
A programação foi dividida em dois dias. Na segunda-feira (31), a pauta foi a formação sobre a prevenção e o enfrentamento à violência contra as mulheres e reuniu profissionais da rede de atendimento.

“O lema da campanha do Governo do Estado de MS para o mês de março é ‘todas diferentes, todas importantes, porque a gente avalia que as diferenças que existem entre as mulheres sul-mato-grossenses devem representar potência, e não separação nem desigualdades”, ressalta a subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Manuela Nicodemos Bailosa.
Para todos os servidores que atuam na rede de atendimento à mulher em situação de violência, Manuela Nicodemos trouxe dados e análises, além de reflexões que ajudam a compreender o fenômeno da violência, e como encontrar formas de superação.
“O que leva uma mulher a não denunciar uma agressão?”, perguntou à plateia. De pronto, o público respondeu fatores como dependência financeira e emocional e medo e a subsecretária completou que ainda há a questão da falta de punição, além da preocupação com os filhos, mas principalmente, o medo.

“A maioria não denuncia por medo, medo não só de morrer, porque quando ele não ameaça ela, ameaça matar a mãe, matar os filhos. A gente precisa entender que o crime de feminicídio é um crime de ódio. Não é um tiro para tirar a vida da mulher, é a destruição do feminino”, explica Manuela.
A subsecretária reforçou a necessidade de campanhas permanentes de incentivo à denúncia, mas que é preciso focar em toda a rede. “Não é só pedir para a mulher ligar no 180, no 190. A rede tem que funcionar, porque às vezes essa mulher denuncia, mas não tem um atendimento humanizado. É preciso implementar fluxos e protocolos na rede de atendimento de Cassilândia, para que as mulheres tenham assistência e garantia de direito no município”, completou.

Ainda na segunda-feira, a Cidadania esteve visitando o Centro de Convivência das Pessoas Idosas, onde funciona o Projeto Conviver, que reúne 60+ para um bate-papo com as participantes. A agenda contou com a presença da subsecretária de Políticas Públicas para Pessoa Idosa, Zirleide Barbosa, além de Manuela Nicodemos. A dupla explicou como o Estado trabalha a política de forma transversal, envolvendo oito subsecretarias que vão desde Mulheres, Pessoas Idosas, Pessoas com Deficiência, Juventude, Povos Originários, Igualdade Racial, Assuntos Comunitários e População LGBTQIA+.
Zirleide Barbosa reforçou a necessidade da atuação do Conselho Municipal voltado aos direitos da pessoa idosa, e a inclusão de todos 60+. “Tem muita gente que ainda não está participando de programas, como podemos enxergar toda essa população?”, indagou.
A subsecretária aproveitou ainda para divulgar a campanha ‘Sou Cidadão Solidário’, uma iniciativa da Receita Federal para incentivar os contribuintes a destinarem parte do Imposto de Renda para fundos que atendem às pessoas idosas.

No dia seguinte, terça-feira (1), as gestoras se reuniram com a Prefeitura de Cassilândia e representantes de diversos serviços, como agentes comunitários de saúde; CRAS; CREAS; Conselho Tutelar; Polícia Civil; Polícia Militar, através do Programa Mulher Segura; Secretária Municipal de Assistência Social; Diretoria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres. A pauta central foi aprimorar os fluxos de atendimento às mulheres em situação de violência no município e a construção de um protocolo.
“Cassilândia segue empenhada na promoção da equidade de gênero e na construção de um município mais justo e acolhedor para todas”, comentou o prefeito do município, Rodrigo de Freitas.
Paula Maciulevicius, da Comunicação da Cidadania