Publicado em 12 jun 2024 • por Paula Maciulevicius de Oliveira Brasil •
No momento em que o mundo discute o enfrentamento à violência contra a pessoa idosa, em Mato Grosso do Sul, a sede da UFMS vira palco para essa importante luta. Nesta terça-feira (11), a Universidade abriu a programação voltada para a população 60+. No auditório, os protagonistas do movimento ocupavam a plateia: parte dos 1,2 mil alunos da UnAPI (Universidade Aberta à Pessoa Idosa).
Instituído pela Lei Estadual 5.215/2018, Junho Prata é o mês escolhido para reflexão sobre os cuidados e o acolhimento que a sociedade deve ter com a pessoa idosa.
Desde então, o sexto mês do ano reúne Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Cidadania; Assembleia Legislativa, pela Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa; UFMS, e demais parceiros na construção das políticas públicas de prevenção e enfrentamento às violências.
Em entrevistas à imprensa, na abertura da programação do Mês da Pessoa 60+ da UFMS, a Subsecretária de Políticas Públicas para Pessoa Idosa, Zirleide Barbosa, citou o número de casos de denúncias de 2024, que de janeiro a maio já chegam a 1.038 em todo MS, segundo o Disque 100, canal para denúncias de violações contra os Direitos Humanos do Governo Federal.
A subsecretária ainda contextualiza que o envelhecimento acelerado da população tem feito com que cresçam as violações de direitos, e justamente para trabalhar essa temática que o Junho Prata foi criado.
“Diminuir as violências é obrigação do Estado, da família e de toda a sociedade. Através da campanha, levamos conhecimento sobre os tipos de violências e as formas de enfrentamento”, frisa Zirleide.
Enquanto Subsecretaria de Políticas Públicas para Pessoa Idosa, a gestora explica que foi formado um GT onde estão presentes as secretarias de estado, demais órgãos governamentais e da sociedade civil, para discutir o enfrentamento aqui em MS.
“E cada uma dessas instituições tem o seu papel. A Secretaria de Estado da Cidadania tem a função de articular todas essas políticas públicas, de reunir e discutir com a segurança pública, com a saúde, educação e assistência social. Todos estamos unidos para fazer este enfrentamento e o resultado tem sido uma agenda, durante o Junho Prata, de mais de 200 ações acontecendo simultaneamente nos municípios”, completa.
Mês da Pessoa 60+
Vice-reitora da UFMS, Camila Celeste Ítavo deu as boas-vindas ao público e reforçou que hoje a instituição conta com professores, técnicos-administrativos e estudantes comprometidos com a pessoa idosa.
“Temos promovido o atendimento às pessoas idosas e, fundamentalmente, estamos trabalhando a formação dos nossos estudantes em projetos de pesquisa e de extensão nessa área, para que a gente possa fortalecer com ciência, com dados, a atenção, o cuidado e o reconhecimento da pessoa idosa do MS e do Brasil”, pontuou.
Parceiro da Secretaria de Estado da Cidadania, o Observatório da Cidadania, da UFMS, tem realizado um trabalho fundamental para subsidiar as políticas públicas em Mato Grosso do Sul.
Professor e coordenador do Observatório, Samuel Leite de Oliveira, explica que o levantamento de dados e estudos realizados pela instituição vão contribuir para promover ações estratégicas relacionadas à cidadania.
“Temos trabalhado no levantamento de informações relacionadas às pessoas 60+ e temos percebido muitos desafios que já estão sendo enfrentados. Essa ação, que é muito significativa, dentro dessa linha do mês da pessoa 60+, representa o compromisso da UFMS, da SEC e de todos os parceiros na promoção dos direitos das pessoas idosas”, destacou.
Para a secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza, trabalhar as políticas públicas para as pessoas idosas é ressaltar o quanto o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul honra a vida e a experiência de cada pessoa 60+.
“Através desse respeito que nós trabalhamos e tentamos desenvolver as políticas públicas, a partir das histórias de vocês. Todos nós vamos envelhecer, e ainda bem! O pratear dos cabelos, as rugas nos rostos e a experiência de vocês nos conduzem para fazer o melhor”, resume.
Paula Maciulevicius, da Comunicação da Cidadania